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Exposição Anos 20: Novas Plasticidades

Abertura no dia 06/09 às 14h30, na Biblioteca Pública, Évora

Esta exposição insere-se numa série de atividades culturais no âmbito do VIII Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia (APA) que irá decorrer em Évora, de 6 a 9 de Setembro, de 2022, num momento que – desde aqui e agora – desejamos que seja distinto deste que hoje vivemos, com a designação: Os Novos anos 20: Desafios, Incertezas e Resistências. “A pandemia, que reconfigurou as vidas e as práticas sociais de todas e todos, acentuou dúvidas e incertezas, trouxe receios e apreensões, tornou mais necessária a compreensão e o entendimento do que se está a passar.

Questionamos a sustentabilidade do planeta, o equilíbrio na relação entre humanos e não-humanos (ou a sua falta); confirmámos a precariedade de tantas vidas, o colapso de tantos sistemas de saúde; discutimos o controle dos Estados sobre as nossas rotinas, os nossos corpos, fez-nos descobrir insuspeitas dimensões do viver.”

Nestes novos anos 20, assiste-se, cada vez mais, à hibridez das categorias artísticas bem como a uma relação de interdependência com outras áreas do saber. A antropologia pode estar envolvida tanto nos processos de pesquisa do campo da Arte, quanto nos processos de criação e expressão artística.

Trabalhando a partir deste contexto interdisciplinar, esta exposição e os seus artistas procuram estimular novos diálogos produtivos entre a Antropologia e a Arte Contemporânea, assim como interrogações artísticas sobre estes novos anos 20, criando colaborações entre os dois domínios e colocando em evidência as possibilidades de compartilhar estratégias e práticas em ambos os campos do saber. 

Artistas como Anthony Gormley, Gillian Wearing, Bill Viola, Christian Boltanski, Susan Hiller, trabalharam as práticas artísticas contemporâneas, tanto nos seus processos de apropriação quanto nos seus processos criativos, e contribuíram para o saber e o saber-fazer artístico e antropológico. 

Os antropólogos produzem teoria escrita, os artistas obras de arte. Os artistas usam as metodologias e teorias antropológicas como modelos, e os antropólogos dialogam com as formas de representação do outro apresentadas pelos artistas visuais. A partir desse diálogo prático, as diferenças entre Arte e Antropologia deixam de ser barreira para contribuir diretamente para o desenvolvimento e refinamento das metodologias de pesquisa nos dois campos.

Vitor Gomes

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