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VIII Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia

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P029

Diplomacias ontológicas: vozes/vias indígenas e diálogos transformadores para abordar os desafios contemporâneos.
Ontological diplomacies: Indigenous voices/paths and transformative dialogues to address contemporary challenges.

Coordenador / Coordinator:
Joana MILLER
Universidade Federal Fluminense
miller.joana@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Anne-Marie COLPRON
Université du Québec à Montréal
colpron.anne-marie@uqam.ca

Debatedor / Discussant
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)

Língua complementar / Complementary language: Inglês / English (EN)

Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) /
Prefered working language (not exclusive):
Português / Portuguese (PT)

Detalhes do painel na língua principal /
Panel details in main language
Título / Title
Diplomacias ontológicas: vozes/vias indígenas e diálogos transformadores para abordar os desafios contemporâneos.

Resumo curto / Short abstract
Este painel pretende refletir sobre o nosso engajamento enquanto antropólogas(os) com as sociedades com as quais trabalhamos, problematizando a ideia de “um mundo comum”. Propomos engajar os mundos – no plural – tais como reivindicados pelos povos indígenas amazônicos. Como as ontologias indígenas indicam modos alternativos de considerar os problemas contemporâneos?

Resumo longo / Long abstract
O colóquio nos convida a refletir sobre a seguinte questão: o que mais podemos fazer, enquanto antropólogas(os) engajados com o mundo e a(s) sociedade(s) em que vivemos e trabalhamos? Esta questão, central para nosso painel, será colocada problematizando a ideia de mundo comum: o mundo. Propomos engajar os mundos – no plural – tais como reivindicados pelos intelectuais, lideranças, artivistas e xamãs indígenas amazônicos.
A globalização dos problemas eco-sociais e os desafios climáticos atuais são resultados diretos do suposto « saber melhor » ocidental, ou seja, do regime naturalista imposto pela colonização e dos interesses do capital ligados a este regime. Cada vez mais, vozes indígenas têm surgido para defender uma multiplicidade de espaços-tempos que problematizam o regime do « Um », do Estado, do « mundo comum » e abrem a via para outros mundos possíveis.
Neste painel sugerimos dialogar com essas vozes indígenas com o propósito de se deixar transformar e de agir eficientemente através da multiplicidade e da diferença. O diálogo será baseado principalmente em pesquisas de campo, mas responderá ao apelo de Zoe Todd (2016) para incluir intelectuais indígenas, assim como ao apelo de Aílton Krenak (2020) que nos convida a mobilizar « outras histórias ».

Detalhes do painel na língua complementar /
Panel details in complementary language

Título / Title
Ontological diplomacies: Indigenous voices/paths and transformative dialogues to address contemporary challenges.

Resumo curto / Short abstract
This panel will reflect on our engagements, as anthropologists, with the societies with which we work, casting doubt on the idea of “a common world”. We propose to engage worlds (plural) such as those claimed by Indigenous Amazonian peoples. How do Indigenous ontologies reveal alternative ways for considering contemporary problems?

Resumo longo / Long abstract
The colloquium reflects on the following question: as anthropologists engaged with the world in which we live and the societies with which we work, what more can we do? This question, central to our panel, will raise doubts as to the idea of a common world – the world. We propose to engage the worlds (plural) claimed by Indigenous Amazonian intellectuals, leaders, artivists and shamans.
The globalization of eco-social problems and contemporary climatic challenges result directly from the purportedly “better knowledge” of the west; that is, of a naturalist regime imposed by colonization and by the interests of capital tied to this regime. Indigenous voices have increasingly been raised in defence of a multiplicity of space-times that challenge the regime of the “One”, of the State, of the “shared world”, opening paths towards other possible worlds. We propose a dialogue with these Indigenous voices, enabling our own transformation so as to act efficiently through multiplicity and difference. The dialogue will be mostly based on field research, but will answer to Zoe Todd’s (2016) plea for Indigenous intellectuals be part of this conversation, as well as Ailton Krenak’s (2020) call to mobilize “other stories”.

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