APA_VIII_Congresso_CARTAZ_Cinza_PT

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Racismo religioso e sua relação com a decolonialidade.
Racismo religioso y decolonialidad.

Coordenador / Coordinator:
Ana Stela ALMEIDA CUNHA
CRIA – centro em Rede de Antropologia e Universidade do Minho
anastelacunha@gmail.com

Co-coordenador / Co-coordinator
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Sidnei BARRETO NOGUEIRA
universidade de são paulo
sidnei_barreto@outlook.com

Debatedor / Discussant
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Pedro Henrique Barbosa
Terreiro Ilé Àṣẹ Ìgbà Mérìndínlógún Ọ̀ṣùn

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)

Língua complementar / Complementary language: Espanhol / Spanish (ES)

Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) /
Prefered working language (not exclusive):
Português / Portuguese (PT)

Detalhes do painel na língua principal /
Panel details in main language
Título / Title
Racismo religioso e sua relação com a decolonialidade.

Resumo curto / Short abstract
Esta proposta pretende refletir sobre os racismos religiosos que tangenciam as religiões de matriz africana em Europa e em África, locais onde um apagamento destas discussões tem sido sistematicamente executado enquanto parte do processo colonialista.

Resumo longo / Long abstract
Ainda que em espaços como América Latina e Caribe (especialmente Brasil) haja uma produção maior acerca das problemáticas que envolvem políticas públicas e decolonialidade, em Portugal e Angola (dois outros espaços por nós selecionados para levantarmos as questões em termos geográficos, para além do Brasil) não parece haver, ainda, nenhuma discussão interseccionando as práticas e epistemologias da Antropologia num contexto de racismo religioso.
Tomando de Carneiro (2005) o dispositivo de racialidade enquanto cumpridor de funções estratégicas que têm articulado práticas racistas religiosas, propomos aqui nesta mesa debater certos pressupostos do norte (auto denominada modernidade) enquanto assunção assimétrica que acaba por conferir a estes a possibilidade de escolha, de “tolerância” à práticas religiosas que, mais que “outras”, são também racializadas, sendo discutidas, tal como propõe Asad (2010, p.275), num âmbito epistemológico, inclusive sendo debatido sua pertinência ou não enquanto “ciência”.
Como postula Mota (2018, 32), “o par tolerância/intolerância faz parte do mesmo viés assimétrico que separou natureza e cultura, e está diretamente relacionado à atitude de tomar as religiões de matrizes africanas como crença”.
Com um discurso que privilegia o pluralismo religioso a Europa tem construído sua imagem democrática, mas em países como Portugal o que ainda parece existir é a invisibilidade de certas práticas religiosas, como as de matriz africana, num contexto de completa negação de discussões sobre racismo e decolonialidade.

Detalhes do painel na língua complementar /
Panel details in complementary language

Título / Title
Racismo religioso y decolonialidad.

Resumo curto / Short abstract
Esta propuesta pretende reflexionar sobre los racismos religiosos que afectan a las religiones de base africana en Europa y África, lugares donde se ha llevado a cabo sistemáticamente un borrado de estas discusiones como parte del proceso colonialista.

Resumo longo / Long abstract
Si bien en espacios como América Latina y el Caribe (especialmente Brasil) hay una mayor producción en temas de políticas públicas y descolonialidad, en Portugal y Angola (otros dos espacios seleccionados por nosotros para plantear temas en términos geográficos, además de Brasil) todavía no parece haber ninguna discusión que cruce las prácticas y epistemologías de la Antropología en un contexto de racismo religioso.
Tomando de Carneiro (2005) el dispositivo racial como ejecutor de funciones estratégicas que han articulado prácticas religiosas racistas, proponemos aquí en esta mesa debatir ciertos supuestos del Norte (autodenominada modernidad) como un supuesto asimétrico que acaba por darles la posibilidad de elección, de “tolerancia” a prácticas religiosas que, más que “otras”, también son racializadas, siendo discutidas, como propone Asad (2010, p. 275), en un ámbito epistemológico, y su relevancia o no como incluso se debate una “ciencia”.
Como postula Mota (2018, 32), “la pareja tolerancia / intolerancia forma parte del mismo sesgo asimétrico que separaba naturaleza y cultura, y está directamente relacionado con la actitud de tomar como creencia las religiones africanas”.
Con un discurso que privilegia el pluralismo religioso, Europa ha construido su imagen democrática, pero en países como Portugal lo que aún parece existir es la invisibilidad de determinadas prácticas religiosas, como las de origen africano, en un contexto de total negación de las discusiones sobre el racismo. y decolonialidad.

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