APA_VIII_Congresso_CARTAZ_Cinza_PT
8th Congress of the Portuguese Anthropological Association

Newsletter
Subscribe to the APA newsletter

P063

Cultos patrimoniais, dominações simbólicas e resistências.
Cultos patrimoniales, dominaciones simbólicas y resistencias.

Coordenador / Coordinator:
Rubén CORCHETE
Departamento de Antropología Social y Cultural, Facultad de Filosofía, Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED)
ruben.corchete@fsof.uned.es

Co-coordenador / Co-coordinator
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):
Dulce SIMÕES
INET-md, Facultade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
masimoes@fcsh.unl.pt

Debatedor / Discussant
(se aplicável, não obrigatório / if applicable, not mandatory):

Língua principal / Main language: Português / Portuguese (PT)

Língua complementar / Complementary language: Espanhol / Spanish (ES)

Língua de trabalho preferencial (não exclusiva) /
Prefered working language (not exclusive):
Português / Portuguese (PT)

Detalhes do painel na língua principal /
Panel details in main language
Título / Title
Cultos patrimoniais, dominações simbólicas e resistências.

Resumo curto / Short abstract
Este painel propõe-se a pensar etnograficamente os processos patrimoniais como parte de um sistema global de culto e mercantilização do simbólico, organizado em torno do passado e de una noção estática de cultura. Será dada atenção às relações de poder associadas à produção de subjetividades contemporâneas e imaginários futuros.

Resumo longo / Long abstract
A relação entre a cultura, o património e o passado é uma realidade objetiva historicamente situada e empiricamente identificável, que surge de forma evidente nas nossas sociedades. As políticas de controlo sobre os significados e valor patrimonial dos bens culturais, com objetivos de regulação e governação dos processos identitários (Smith, 2006), articulam-se num conceito estático de cultura e são inseridas em quadros complexos, em que a “preservação” e conversão metacultural de práticas e objetos culturais os autonomiza das relações sociais que lhes atribuíam sentido e significado. O património, como relação social mediada por uma lógica de valor (Alonso, 2017) é um subproduto do processo de expansão capitalista. Quando alguns sectores políticos e económicos se interessam pela valorização dos bens culturais das comunidades, o património torna-se uma possibilidade de reprodução futura do capital. Trata-se também de uma forma de culto em que prevalece o consumismo, o passado romantizado e a busca constante de “autenticidade”. O painel convida propostas que queiram explorar a relação entre cultura e poder, a partir de estudos sobre os cultos patrimoniais do capitalismo tardio e as estratégias de resistência possíveis face aos avanços de um sistema de produção cultural ávido de lucro.

Detalhes do painel na língua complementar /
Panel details in complementary language

Título / Title
Cultos patrimoniales, dominaciones simbólicas y resistencias.

Resumo curto / Short abstract
Este panel propone pensar etnográficamente los procesos patrimoniales como parte de un sistema global de culto y mercantilización de lo simbólico, organizado en torno del pasado y de una noción estática de cultura. Prestará atención a las relaciones de poder asociadas a la producción de subjetividades contemporáneas e imaginarios futuros.

Resumo longo / Long abstract
La relación entre cultura, patrimonio y pasado emerge como una realidad objetiva históricamente situada y empíricamente analizable, evidente en nuestras sociedades. Las políticas de control sobre los significados y valor patrimonial de los bienes culturales, con fines de reglamentación y gobierno de los procesos identitarios (Smith, 2006), se articulan mediante un concepto estático de cultura y se incrustan en entornos de acción complejos, donde acciones como la “preservación” y conversión metacultural de prácticas y objetos culturales los autonomiza de las relaciones sociales que les atribuían sentido y significado. El patrimonio, como relación social mediada por una lógica del valor (Alonso, 2017), es un subproducto del proceso de expansión capitalista. Cuando ciertos sectores políticos y económicos se interesan por la valorización de los bienes culturales de las comunidades, el patrimonio deviene posibilidad para una reproducción futura del capital. Se trata también de una forma de culto, donde prevalecen el consumismo, un pasado romantizado y una búsqueda constante de “autenticidad”. El panel invita propuestas que quieran explorar la relación entre cultura y poder a partir de estudios sobre los cultos patrimoniales del capitalismo tardío y las estrategias de resistencia posibles ante los avances de un sistema de producción cultural ávido de lucro.

Share